Vês esse Sol de luzes coroado?
Em pérolas a Aurora convertida?
Vês a Lua de estrlas guarnecida?
Vês o céu de Planetras adorado?
O Céu deixemos; vês naquele prado
A Rosa com razão desvanecida?
A Açucena por alva Presumida?
O Cravo por galã lisonjeado?
Deixa o prado; vem prá cá minha adorada,
Vês desse mar a esfera cristalina
Em sucessivo aljôfar desatada?
Parece aos olhos ser de prata fina?
Vês tudo isto bem? pois tudo é nada
À vista do teu rosto, Caterina.
Gregório de Matos
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