quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Padeiro das letras


Johann Gutenberg (1398-1468), o artesão alemão a quem sempre se atribuiu o título de pai da moderna tipografia, pode ter que dividir a paternidade da invenção que revolucionou a disseminação do conhecimento. Com base na descoberta de fragmentos de cerâmica com letras impressas em alto relevo numa escavação nas proximidades da Catedral de Aachen, na Alemanha, o historiador Gerald Volker Grimm sustenta que Gutenberg não teria sido o pioneiro na impressão com tipos móveis.
A criação de moldes para a impressão de letras foi, provavelmente, desenvolvida originalmente por outras pessoas pelo menos meio século antes. Como revelam os estudos de Grimm e sua equipe do Instituto de História da Arte e Arqueologia da Universidade de Bonn, não houve um único inventor. O mais provável é que o desenvolvimento da moderna tipografia tenha sido um processo mais lento e gradual, envolvendo diversas pessoas.
Analisando as letras em alto relevo presentes nos fragmentos de cerâmica encontrados, Grimm concluiu que foram artesãos de Aachen e Worms os primeiros a produzir os moldes móveis de letras para decorar imagens de santos.
Segundo Grimm, Gutenberg teria visto os caracteres móveis para impressão pela primeira vez numa visita que fez a Aachen, em 1439 - ano em que, se acredita, Gutenberg teria criado os tipos móveis.
Segundo o historiador, na região de Aachen, a cidade de Carlos Magno, muitos padeiros eram também artesãos que confeccionavam, em fôrmas, relevos para a produção de imagens de santos para as igrejas. Já a partir do século XII os chamados "padeiros de imagens" (bilderbäcker, em alemão) começaram a confeccionar também caracteres móveis, supõe o cientista. Há indícios também de que os padeiros de Worms tenham começado a usar caracteres móveis muito antes.
Em um dos relevos encontrados em Aachen, as diversas letras A que aparecem no trabalho são idênticas, indicando que não poderiam ter sido feitas a mão, mas sim impressas na cerâmica a partir de um mesmo molde. Se a técnica das letras era usada também para a impressão de escrita em pergaminho já nessa época não se sabe. Gerald Volker Grimm mediu as letras de diferentes relevos para constatar que elas eram tão idênticas que não poderiam ter sido feitas à mão livre.
- Isso prova que a escrita foi feita com a ajuda de caracteres móveis que foram impressos no material - afirma o especialista.
As primeiras provas da existência desses caracteres móveis, datados de 1400 e 1450, foram encontradas agora nas escavações feitas em uma área próxima à Catedral de Aachen, que é, há pelo menos 1.200 anos, um importante centro de peregrinação religiosa na região.
Foi exatamente para preparar figuras santas, que deveriam servir de tema para a grande peregrinação a Aachen, que Gutenberg visitou a cidade. A peregrinação em si foi cancelada naquele ano, por causa da peste, mas Gutenberg não perdeu o seu tempo com a viagem a Aachen, pois trouxe de volta a Mainz, onde vivia, novas idéias para o desenvolvimento de projetos que já tinha em mente, segundo conta Grim.
- Não havia até agora provas da existência de caracteres móveis para a impressão da escrita em série. Com a escavação realizada agora, em maio e junho, podemos provar pela primeira vez que as letras dos relevos foram formadas com a ajuda de caracteres móveis antes de 1450 - ressalta o historiador de Bonn.
Após a sua volta de Aache, Gutenberg começou já em 1450 a imprimir textos em livros. A sua bíblia marcou o inicio de uma nova era, influenciou o surgimento da reforma protestante de Martinho Lutero e tornou possível também a renascença.
-- Ele não criou os caracteres móveis, como pensávamos antes, mas assim mesmo revolucionou a sua época ao criar novas tecnologias, ligas de chumbo e zinco, tintas para a impressão e merece mesmo o titulo de homem mais importante do milênio - afirma o historiador, citando o título a ele atribuído pela revista Time-Life, em 1997.
No Museu Suermond-Ludwig de Aachen, a cidade das letras móveis que inspiraram Gutenberg, acaba de ser aberta uma exposição dos relevos, como do primeiro "A" impresso em cerâmica. O tema da exposição é a arte dos "padeiros de imagens santas" que, na sua luta para abastecer os altares, terminaram descobrindo uma técnica que teve um papel decisivo no desenvolvimento da cultura humana.


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Asas cortadas


Não há razão para escrever quando a mente está infértil.
Quero um grande quimérico,
mas as asas da imaginação foram cortadas.
Será a mesma ambição do alado mitológico
de ir além do permitido?
Será que crescerão novamente
e tornarei a voar até atingir a plenitude das ideias?
E se crescerem, poderei eu realmente chegar lá?
Não sei. Por enquanto ficarei aqui
tentando escrever com as poucas penas que sobraram...

                                                                        Evander Lima

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Gêneros Literários


A classificação das obras literárias em gêneros remontam desde à Grécia de Platão e Aristóteles. Tradicionalmente têm-se a seguinte classificação:

  • Gênero épico: relatos de grandes fatos, onde os heróis são o centro da narrativa.
  • Gênero dramático: textos de representação cênica. Podem ser em forma de tragédia ou na forma de comédia.
  • Gênero lírico: Tem caráter emocional, mostrando todo o sentimentalismo do eu-lírico. É caracterizado pela subjetividade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pintura admirável de uma beleza


Vês esse Sol de luzes coroado?
Em pérolas a Aurora convertida?
Vês a Lua de estrlas guarnecida?
Vês o céu de Planetras adorado?

O Céu deixemos; vês naquele prado
A Rosa com razão desvanecida?
A Açucena por alva Presumida?
O Cravo por galã lisonjeado?

Deixa o prado; vem prá cá minha adorada,
Vês desse mar a esfera cristalina
Em sucessivo aljôfar desatada?

Parece aos olhos ser de prata fina?
Vês tudo isto bem? pois tudo é nada
À vista do teu rosto, Caterina.

                    Gregório de Matos

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Biblioteca Nacional lançará programa para tornar livro mais acessível


Agência Brasil 

A Biblioteca Nacional lançará, na próxima semana, o primeiro edital do Programa Livro Popular, que o governo federal anuncia logo mais, na abertura oficial da 15ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro. O lançamento foi uma determinação da presidenta Dilma Rousseff, de acordo com o presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim. O edital terá dotação de R$ 36 milhões.

O programa visa estimular e fomentar o mercado editorial brasileiro, tornando o livro mais acessível a todas as camadas da população e também ampliando o número de leitores no país. A ideia é que os livros selecionados pelas editoras possam custar, no máximo, R$ 10 em todo o território nacional.

O primeiro edital será destinado aos editores para que inscrevam os livros que se enquadram na categoria livros populares. Segundo Amorim, além das livrarias, estão sendo convidados pontos de venda, como bancas de jornais e revistas, e outros pontos alternativos, para que façam a adesão ao programa. Ao mesmo tempo, está sendo aberto outro edital voltado às bibliotecas municipais, rurais e comunitárias, para que elas também se inscrevam no programa e digam se querem receber recursos do Livro Popular.

“Nós entregaremos para todas as bibliotecas um cartão e elas vão poder escolher os livros que querem, mudando uma lógica que existe e que vigora nas compras governamentais até o dia de hoje”, disse o presidente da Biblioteca Nacional. Com isso, serão as próprias bibliotecas que escolherão os livros que desejam para seus acervos, entre uma lista grande do programa, que terá um portal na internet, de modo a garantir total transparência ao processo”, destacou Amorim.

O governo federal quer ainda envolver os pontos de venda na entrega dos livros, de modo que a distribuição às bibliotecas seja efetuada no próprio local. “É uma maneira de fazer o aquecimento de todos os elos dessa cadeia produtiva e, também, das economias locais”.

O esforço é para que o livro chegue às classes sociais C, D e E, fazendo com que mais gente leia e adquira conhecimento. “É criar condições para que as pessoas possam expandir os seus horizontes, seus conhecimentos, ampliar o seu vocabulário, porque isso é positivo para que o indivíduo cresça como cidadão, para que ele arrume um emprego melhor, ganhe mais, para que ele fique uma pessoa que conversa melhor, que o jovem arrume uma namorada. Enfim, para que, enquanto cidadão, enquanto figura humana, as pessoas tenham crescimento”, explicou Amorim.



Fonte: http://www2.correiobraziliense.com.br/euestudante/noticias.php?id=22453

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

15ª Bienal do Livro do Rio


Começa hoje (1º) a 15ª Bienal do Livro do Rio, um evento marcado por grandes nomes da literatura. São 23 autores internacionais e 150 escritores brasileiros em um evento cheio de encontros e debates.
Destaques para a escritora  Anne Rice, autora de "Entrevista com o  vampiro" de 1976.
Entre os brasileiros, a presença de Luis Fernando Veríssimo, Ferreira Gullar, Ana Maria Machado entre outros, estarão presentes e lançando seus novos livros na feira.

Data: de 1º a 11 de setembro de 2011
Ingressos: R$ 12,00
Local: Riocentro, Avenida Salvador Allende, nº 6.555, Barra da Tijuca.
Horários: dia 1º, das 12h às 22h; dias 2, 5, 6, 8 e 9 de setembro, das 9h às 22h; dias 3, 4, 7, 10 e 11 de setembro, das 10h às 22h.
Outras informações: (21) 3035-9200

Fonte: http://g1.globo.com/bienal-do-livro/rio/2011/noticia/2011/09/bienal-do-livro-do-rio-comeca-nesta-quinta-feira.html

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