quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Desenvolvimento econômico 'leva idiomas à extinção', diz estudo

Da BBC
Pesquisadores afirmam que quanto mais desenvolvido um país, maior o risco para a diversidade de línguas

Um estudo da Universidade de Cambridge concluiu que um dos efeitos colaterais do desenvolvimento econômico é o risco de extinção de alguns idiomas.

Analisando diversas partes do mundo, inclusive regiões desenvolvidas como a Europa, América do Norte e a Austrália, o estudo concluiu que o progresso econômico caminha de mãos dadas com a dominação das línguas faladas por minorias por uma, dominante, mais poderosa.

Cerca de 25% das línguas do mundo estão ameaçadas atualmente, estima o coordenador da pesquisa, Tatsuya Amano.
Ele diz que idiomas com poucos nativos, como o alto tanana, que é falado por menos de 25 pessoas no Alasca, nos Estados Unidos, estão na "linha de frente" da ameaça de extinção.
Na Europa, a língua sami de Ume, da Escandinávia, e o occitano auvernês, da França, também estão sumindo.

"Muitos idiomas em todo o mundo estão se perdendo rapidamente. É uma situação muito séria. Por isso, queríamos investigar como a extinção se distribui globalmente", disse Amano, que normalmente estuda as taxas de extinção entre animais.
Os pesquisadores divulgaram suas conclusões na publicação Proceedings of the Royal Society B.

Desaparecimento de vozes

De acordo com o estudo, quanto mais sucesso econômico um país obtém, mais rapidamente a diversidade de seus idiomas nativos diminui.

"Na medida em que as economias se desenvolvem, uma língua frequentemente passa a dominar as esferas políticas e educacionais de uma nação", diz Amano.

"As pessoas são forçadas a adotar a língua dominante ou correm o risco de serem abandonados - economicamente e politicamente."

O estudo aponta que nos trópicos e na região do Himalaia o risco de perdas linguísticas é especialmente alto, porque nestes locais se combinam dois fatores: o alto número de idiomas falados por pequenos grupos e o rápido crescimento econômico vivenciado por estas partes do globo.

Comentando o estudo, o diretor executivo da ONG Aliança pelas Línguas Ameaçadas, Daniel Kaufman, diz que a diversidade dos idiomas no mundo é cada vez mais definida por fatores sociais, políticos e econômicos.

Kaufman disse que essa diversidade linguística, "que foi originalmente moldada pelo meio ambiente", hoje dá lugar a um "padrão moldado por políticas e realidades econômicas".
"O padrão moldado pelo ambiente é hoje praticamente um resíduo histórico", desenvolveu o especialista.


"Por outro lado, não podemos superdimensionar o aspecto econômico, porque em alguns pontos de diversidade linguística há vilas inteiras que estão sendo esvaziadas por causa do êxodo."

terça-feira, 29 de outubro de 2013

29 de outubro – Dia Nacional do Livro


No dia 29 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Livro, uma homenagem à Biblioteca Nacional, fundada no Brasil em 1810 pela coroa portuguesa.

O movimento editorial começou no Brasil quando D. João VI fundou a Imprensa Régia em 1808. O primeiro livro publicado no país foi “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga. Porém nesta época os livros passavam pela aprovação do Imperador antes de serem publicados, como forma de censura.

O Brasil só teve seu crescimento editorial a partir de 1925, com a fundação da Companhia Editora Nacional pelo escritor brasileiro Monteiro Lobato.

Há milhares de décadas o livro é considerado um dos principais meios de comunicação existentes em nossa sociedade. Através dele somos capazes de alcançar o conhecimento e de desenvolvermos nossa criatividade e criticidade. Conhecemos novos mundos e novas culturas sem sair do lugar. É importante que o hábito da leitura seja desenvolvido desde criança, como forma de aprimoramento da linguagem e comunicação com o mundo.


Dentro de um livro podemos viver diferentes histórias, grandes aventuras, sentir diversas emoções, basta ter a coragem de abri-lo a qualquer hora e em qualquer lugar.

Fonte: http://www.mundoeducacao.com/datas-comemorativas/29-outubrodia-nacional-livro.htm

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Canadense Alice Munro ganha prêmio Nobel de Literatura

BBC Brasil
Foto: BBC Brasil

A escritora canadense Alice Munro é a vencedora do prêmio Nobel de Literatura de 2013. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pela Academia Sueca, que distribui os prêmios.

A autora de 82 anos escreveu livros como O Amor de uma Boa Mulher, Felicidade Demais e Fugitiva.

Confira os vencedores do prêmio Nobel de literatura desde 2000, e como a Academia Sueca os descreve:

  • Mo Yan em 2012: "seu realismo alucinógeno mistura contos folclóricos, história e o mundo contemporâneo".
  • Tomas Tranströmer em 2011: "através de suas imagens translúcidas e condensadas, ele nos dá um novo acesso à realidade".
  • Mario Vargas Llosa em 2010: "por sua cartografia das estruturas do poder e as imagens vigorosas da resistência, revolta e derrota dos indivíduos".
  • Herta Müller em 2009: "com sua concentração de poesia e sinceridade na prosa, ela retrata a paisagem dos menos privilegiados".
  • Jean-Marie Gustave Le Clézio em 2008: "autor de novas saídas, aventuras poéticas e êxtase sensual - explorador da humanidade além e abaixo da civilização dominante".
  • Doris Lessing em 2007: "a épica autora da experiência humana, cujo ceticismo, fogo e poder visionário colocou em escrutínio uma civilização dividida".
  • Orhan Pamuk em 2006: "que, na busca pela alma melancólica de sua cidade natal, descobriu novos símbolos do choque de culturas entrelaçadas".
  • Harold Pinter em 2005: "que, em suas peças, revela o precipício abaixo das disputas cotidianas, e força as entradas nos quartos fechados da opressão".
  • Elfriede Jelinek em 2004: "por seu fluxo musical de vozes e 'contravozes' em novelas e peças que - com zelo linguístico extraordinário - revelam o absurdo dos clichés da sociedade e do poder opressor".
  • John M. Coetzee em 2003:"que em inúmeros disfarces retrata o envolvimento surpreendente do estranho".
  • Imre Kertész em 2002: "por uma escrita que mantém a experiência frágil do indivíduo diante da arbitrariedade bárbara da história".
  • Vidiadhar Surajprasad Naipaul em 2001: "por possuir uma narrativa com perspectiva coesa e por trabalhos de escrutínio incorruptível que nos levam a enxergar a presença de histórias suprimidas".
  • Gao Xingjian em 2000: "por uma obra de validade universal, visões amargas e engenhosidade linguística, que abrem novos caminhos para novela e teatro chineses".

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Senadores já defendem mudar o acordo ortográfico

De Brasília


Um grupo de senadores e de professores já articula mudanças no novo acordo ortográfico após o governo federal adiar para 2016 a entrada em vigor das novas regras.
O adiamento foi revelado pela Folha ontem. A implementação integral do acordo, adotado pelos setores públicos e privados no país desde 2008, estava prevista para o início do próximo mês.
Para pessoas envolvidas no processo, o adiamento acontece para que discordâncias em relação às mudanças na grafia das palavras em português sejam resolvidas, tanto no Brasil como no exterior.
"Há descontentamento. Se não tivesse, ninguém pediria um adiamento de três anos. Se fosse por problemas de aplicação, um ano bastaria", afirma o senador Cyro Miranda (PSDB-GO).
A senadora Ana Amélia (PP-RS) também defende mudanças. "Não se quer mutilar o acordo. A gente quer aperfeiçoá-lo para que seja de boa aceitação", afirma.
No entanto, o Itamaraty e o Ministério da Educação, pastas envolvidas na implementação da medida, dizem que a revisão do acordo não está em discussão.
Eles sustentam que o objetivo do adiamento é alinhar o Brasil aos prazos de Portugal --que tem até 2015 para adotar plenamente as mudanças.
Já o professor Ernani Pimentel, idealizador do movimento que defende a simplificação da língua portuguesa, afirma que o ministro Aloizio Mercadante está sensibilizado para a necessidade de alterações nas regras.
Segundo Pimentel, é preciso acabar com a característica de "decoreba" do acordo. "Agora, é questão de a gente organizar a discussão."
Procurado, o ministro Mercadante não falou. Mas o atual secretário de educação básica do MEC e futuro secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo, Cesar Callegari, descartou alterações.
"A posição do governo é no sentido de respeitar acordos, produzir os resultados que dele devem derivar e se colocar à disposição, quando necessário, em processos revisores", disse Callegari.
O decreto que adia para 2016 a entrada em vigor do novo acordo ortográfico no Brasil chegou, ontem, à Casa Civil. A medida depende agora da assinatura da presidente Dilma Rousseff.

fonte:http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1204698-senadores-ja-defendem-mudar-o-acordo-ortografico.shtml

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